domingo, novembro 05, 2006

Um pouco de Bertold Brecht


manifestação pelo passa livre, no Rio


Do rio que tudo arrasta se
diz que é violento
Mas ninguém diz violentas as
margens que o comprimem

sexta-feira, novembro 03, 2006

Eles pararam. De repente se viam, se reviam, se reconheciam. Notavam as manchas, o tom da voz, os castanhos dos olhos, que não eram sempre os mesmos. Ela tinha pintado o cabelo e hoje estava com um brinco meio estranho, mas combinava. Ele continuava sempre o mesmo, as brincadeiras de sempre. Meio inusitado.

Ela tinha medo, não queria. Não queria pensar, suas unhas roídas estavam feias. Fechou as mãos, abriu, queria não ter roído.

Ele sustentava o olhar, ela não esperava por isso. Quanto tempo haveria se passado desde que aquele intante, quando cruzaram o mesmo ponto em um corredor movimentado e ela se viu refletida nos olhos dele, começou?

Ela sentiu suas bochechas corarem, baixou os olhos, meio sem saber para onde olhar, fingiu que não sentia o olhar dele a seguir e foi...


Sorrindo.
queria saber o que é felicidade. o quão feliz é possível ser? o que é o máximo da felicidade? quem foi a pessoa mais feliz? o que ele tinha, qual era a receita, a palavra mágica?

sei que não há como saber. mas eu queria. das coisas que eu não posso saber, sobre isso e o amor era o que eu queria saber. qual é o meu máximo. isso existe???não deve existir...